Os dias tem sido iguais. Talvez seja esse período ocioso, a desobrigação das pessoas, o calor que queima, a chuva que cai todo fim de tarde. O espírito do ano novo não é justo. Ele busca sua vontade de viver, de articular, agir, pensar e falar. E te deixa largado à sua sanidade, ao seu passivo estado de espírito. Tudo fica tão longe, difícil de alcançar, por mais próximo que esteja.
Não quero a correria, mas quero a atividade. Quero sair sem ser engolido pelo sol e poder olhar para os rostos da multidão. Quero força de vontade para fazer o que tenho que fazer e poder dizer que joguei a preguiça de lado.
Mas não é tão fácil. Não quando as férias te massacram com o ócio e obrigações tão banais que não te permitem olhar o lado de fora. Não quando a multidão passa a estar em todos os lugares possíveis e estes ficam impraticáveis. Não quando todo o entretenimento é sem graça e pouco de bom resta. Não quando as pessoas se tornam inacessíveis.
Preciso de um pouco de boa vontade e alguém que me ajude a levantar dessa leseira imperdoável. Farei um esforço, enquanto espero (de pé!) o recomeço dos tempos.
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Falou tudo cara, brilhante.. Ler isso é como se ver num espelho e só se ver mesmo não consigo pôr pra fora dessa maneira (escrevendo) sinto somente, nada vem a cabeça..
Abraço!