Plastic Cell

Ontem começou a tragédia que vemos hoje no Rio de Janeiro. Chuva e mais chuva, sem parar. Desde ontem a noite, os resultados começaram a aparecer. A cidade está cheia de água, lama, sujeira. E tudo parou de funcionar. As ruas, desertas, estão cheias de barro e lixo. Pouco movimento de carros pelas principais avenidas. Pessoas tentam limpar a calçada de suas casas ou prédios, mas acabam por sujar o asfalto e entupir ainda mais os bueiros que já não dão conta de escoar a água. E por onde se passa só há um tipo de comentário. Este, sobre a chuva. Como, quando e onde, o que te aconteceu, o que viu enquanto a cidade entrava no caos, no desespero. Deslizamentos, casas, carros e aparelhos inutilizados por causa de enchentes. Tão comum, tão triste. E outros ainda se aproveitam do momento pra fazer campanhas políticas.

Escolas param, assim como órgãos do governo, pois não há condições de trabalho, ou pelo menos de transporte. E nos jornais, dá-se o seguinte conselho: "Não saiam de casa, evitem elevadores". Não há outras notícias. Parece que passamos a viver uma outra realidade de um dia pro outro. E a chuva não para.

Ontem, enquanto voltava de ônibus pra casa, começou uma chuva muito forte. E por onde passava via alagamentos, poças gigantes, além de um trânsito chato. Quando saltei no meu ponto, tive 2 escolhas. Atravessar um rio (uma rua com água até quase o joelho) para continuar o caminho até minha casa ou atravessar algumas poças grandes e ficar abrigado num borracheiro durante um tempo. Escolhi a segunda opção.

Tirei umas fotos enquanto esperava.

Mas nem com toda essa situação todos ficam sérios. Um humor negro também é divertido. Ainda quero saber o que é "Atraso Meteoro" no aeroporto. Seriam meteoros chegando pra atingir o Rio, junto com a chuva? A piadinha mais legal que li foi uma publicada no twitter do Bom de Assunto. "E no Rio de Janeiro, hein? Está chovendo tanto que o Prefeito vai chamar o Aquaman pra combater o crime."