É comum observar que a sociedade organiza-se em grupos cada vez maiores, determinantes de diferentes interesses e ambições. Isto caracteriza a presença de uma identidade, não mais individual, mas de um conjunto que, dentro da esfera social, apresenta comportamento e pensamento singulares. Apesar da coletividade dominar um povo, a individualidade ainda existe, não sendo regida, porém, pelo próprio individuo, mas por outros.
Deste ponto partem alguns conceitos simples, como os superlativos (em alguma comparação). Essas ideias só são formadas quando há avaliação. E isto ocorre mesmo para caracterizações únicas. Sendo singulares, são diferentes de outras pertencentes a alguém. A diferença entre as pessoas marca a individualidade, a existência de um ser no campo social.
O individualismo, portanto, é um conceito plural, porque as determinações de um indivíduo são compostas pela análise feita por outras. Estes buscam por singularidades e muitas vezes copiam-nas para ter proveito ou simplesmente testar para definir. É o que ocorre quando se fala de ídolos e pessoas famosas, pois elas são caracterizadas por seus admiradores e julgadas através de cópias de seu modo de agir e pensar.
A mídia torna a identidade algo comum e parte de sua ambição, que é massificar características para vendê-las, sejam estas visuais ou ideológicas. Nesses veículos, tudo é ideal e comum. O ser, então, passa a ser sólido. Em alguns casos, há quem se destaque para provocar algum tipo de comoção e tornar isto publicamente aceito.
A pluralização do homem é, apesar de parecer controverso, a marca de sua identidade, pois ele é definido pelo mundo ao seu redor. A mídia, grande perpetuadora de conceitos e imagens, age sorrateiramente como uma grande marcadora de ideias, vinculando características aos indivíduos e tornando-os alienados para com seu eu."
(não foi fuga de tema.)
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